terça-feira, julho 25, 2006

terça-feira, julho 18, 2006

História de Cachorrinho





Quando era um cachorrinho, eu distraía-te com as minhas traquinices e fazia-te rir.
Chamavas-me tua criança e, apesar de um certo número de sapatos mastigados e um par de almofadas destruídas, eu tornei-me na tua melhor amiga. Sempre que eu fazia algo de errado, tu abanavas o teu dedo para mim e dizias: "Como é que pudeste?..." mas depois tu arrependias-te e rolavas-me no chão para me coçar a barriga. O meu treino demorou um pouco mais do que o esperado porque tu estavas sempre muito ocupado, mas juntos conseguimos arranjar uma solução...
Eu lembro-me daquelas noites em que me aninhava em ti na cama e ouvia as tuas confidências e sonhos secretos - acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita. Nós os dois fazíamos longos passeios e corridas no parque, andávamos de carro, e parávamos para um gelado (eu ganhava só a bolachinha porque "gelado não faz bem aos cães" - dizias tu) e eu apanhava longos banhos de sol enquanto aguardava a tua volta para casa ao final do dia.
Aos poucos passaste a gastar mais tempo no trabalho com a tua carreira e levavas mais tempo a procurar uma companheira humana. Eu esperei por ti pacientemente, confortei todas as tuas mágoas e desilusões, nunca te repreendi pelas más escolhas que tomaste, e vibrei de alegria nas tuas chegadas a casa e quando te apaixonaste... Ela, agora tua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu recebi-a na nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e obedeci-lhe. Sentia-me feliz porque tu estavas feliz.
Então vieram os bebés humanos e eu reparti contigo o entusiasmo. Eu estava fascinada pelos seus tons rosados, os seus cheiros, e queria muito tratar deles também. Mas ela e tu tinham medo de que eu pudesse magoá-los, e eu passei a maior parte do tempo a ser expulsa para outra sala, ou para a minha casotinha... Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu tornei-me numa "prisioneira do amor."
À medida que foram crescendo, tornei-me amiga deles. Eles agarravam-se ao meu pêlo e levantavam-se sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos nos meus olhos, examinavam as minhas orelhas, e davam beijos no meu nariz. Eu adorava isso tudo, e o toque das suas mãozinhas - porque os teus toques agora eram tão raros - e eu teria-os defendido com a minha própria vida, se fosse preciso. Eu esgueirava-me para as suas camas e juntos esperávamos pelo barulho do teu carro de regresso.
Houve uma altura, quando alguém perguntava se tinhas um cachorro, em que tu tiravas uma foto minha da tua carteira e contavas histórias sobre mim. Nos últimos anos tu apenas respondias "sim" e mudavas de assunto. Eu passei de "teu cão" para "apenas um cão" e tu reclamavas de cada gasto que tinhas comigo. Agora tu tens uma nova oportunidade de carreira noutra cidade, e vocês irão mudar-se para um apartamento onde não são permitidos animais. Tu tomaste a decisão acertada para a tua "família", mas houve uma altura em que eu era a tua única família.
Fiquei excitada com o passeio de carro até que chegamos ao canil. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desespero. Tu preencheste a papelada e disseste "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ela"... Eles mexeram os ombros e lançaram-te um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis". Tu tiveste que libertar os dedos do teu filho da minha coleira enquanto ele gritava "Não, papá! Por favor, não deixes que levem o meu cão!". E eu preocupei-me por ele, e com a lição que tu tinhas acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo o tipo de vida. Tu deste-me um mimo de adeus na minha cabeça, evitaste o meu olhar e, educadamente, recusaste levar a minha coleira e trela contigo. Tu tinhas um tempo-limite para te habituares e agora eu também tenho um.
Depois partires, as duas simpáticas senhoras que te atenderam comentaram que tu provavelmente sabias já com alguns meses de antecedência que terias de tomar aquela decisão e não fizeste nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim. Elas sacudiram a cabeça e disseram "Como é que pudeste?". Elas são tão atenciosas para nós aqui no canil, quanto os seus ocupados horários lhes permitem.
Elas alimentam-nos, claro, mas eu perdi o meu apetite à dias atrás. De início, sempre que alguém passava pelo meu alojamento, eu corria para a frente, na esperança de que fosses tu - que tivesses mudado de ideias - que isto fosse tudo um pesadelo.... ou eu esperava que ao menos fosse alguém que se importasse, alguém que me pudesse salvar. Quando percebi que não poderia competir com os alegres cachorrinhos que lá estavam, inconscientes dos seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar a atenção, afastei-me para um canto distante, e aguardei.
Ouvi os seus passos quando ele veio até mim ao final do dia, e segui-o ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ele colocou-me sobre a mesa, acariciou as minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. O meu coração acelerou-se na expectativa do que estava para vir, mas havia também uma sensação de alívio. A prisioneira do amor tinha esgotado os seus dias.
Como é da minha natureza, estava mais preocupada com ele. O fardo que carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ele gentilmente colocou um torniquete à volta da minha perna da frente, enquanto uma lágrima corria pela sua face. Lambi a sua mão da mesma maneira que costumava fazer para confortar-te há tantos anos atrás. Ele habilmente espetou a agulha hipodérmica na minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através do meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, olhei para dentro dos teus olhos gentis e murmurei "Como é que pudeste?".
Talvez por ter entendido o meu latido canino, ele disse "Sinto muito!", abraçou-me e apressadamente explicou que era o seu trabalho, fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorada, ou maltratada ou abandonada, nem ter que me desenrascar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre. E com a minha última gota de energia tentei transmitir- lhe com uma sacudidela da minha cauda que o meu "Como é que pudeste?" não era dirigido a ele.
Era em ti, Meu Amado Dono, que eu estava a pensar. Pensarei em ti e esperarei por ti eternamente. Possa alguém na tua vida continuar a demonstrar-te tanta lealdade...

Acho este texo magnifico. A quem o fez os meus parabéns, uma pessoa fica mesmo com um nó na garganta.



Texto retirado do site da ABRA (http://www.abra-associacao.com)

segunda-feira, julho 17, 2006

In Hope

In Hope: An Animal Shelter Story - Transcript

In Hope: An Animal Shelter Story

A Film By Robert Valentine

I am the voice of the voiceless; Through me the dumb shall speak. Till the deaf world's ears be made to hear. The wrongs of the wordless weak. And I am my brothers keeper, And I will fight his fights; And speak the words for beast and bird. Till the world shall set things right. - Ella Wheeler Wilcox

Since 1985, more than 150,000 animals have died here.

Why did they have to die?

Irresponsible people, failing to control the breeding of their animals, have created a surplus of millions of animals that society has no homes for...

Animal ownership has traditionally been held as a right.

It needs to be a revocable privilege.

"The worst sin towards our fellow creatures is not to hate them...

...but to be indifferent to them: that's the essence of inhumanity." - George Bernard Shaw

"He who is cruel to animals becomes hard also in his dealings with men...

...We can judge the heart of a man by his dealings with animals." - Immanuel Kant

For every animal that dies in a shelter...

...there is someone, somewhere, responsible for its death.

"You cannot do a kindness too soon...

...Because you never know how soon it will be too late." - Ralph Waldo Emerson

This is Goodbye...

"Think occasionally of the suffering of which you spare yourself the sight." - Albert Schweitzer

Each day approximately 10,000 humans are born in the U.S.

Each day approximately 70,000 puppies and kittens are born as well.

This leaves 5 million animals without a home to die in shelters this year.

40 animals will die in shelters during this film.

"These birds and animals and fish cannot speak, but they can suffer...

...and our god who created them knows their sufferings, and will hold him who causes them to suffer unnecessarily to answer for it." - George Cannon

The solution rests on all of our shoulders.

Spay or neuter your animals.

Be a responsible animal owner.

Written and Directed by Robert Valentine

Produced by Brightlion Creations www.brightlion.com

** Music Credits ** Artist: Moby Song: Porcelain Album: Play Year: 1999 Label: Mute Records

domingo, julho 16, 2006

In Hope: An Animal Shelter Story

Para mim os animais importam

Foi lançada durante a Convenção das Afiliadas em Londres, da WSPA, a campanha mundial da WSPA "Para mim os animais importam". Esta campanha tem como objectivo colectar 10 MILHÕES de assinaturas no mundo todo, que acompanhará a petição que será entregue para a ONU, onde os países participantes concordam em admitir que os animais são seres sencientes..

Vote no site da campanha
http://www.animalsmatter.org/Default.asp?language=portuguese

sábado, julho 15, 2006

terça-feira, julho 11, 2006

Madrugada de terror no canil de Taboeira

Madrugada de terrorno canil de Taboeira
João Paulo Costa

Rastos da destruição deixada por quem anteontem entrou no abrigo da AFECTU
Cães agredidos e torturados e prejuízos materiais na ordem dos 12 mil euros constituem o balanço de uma noite de pesadelo para os 45 animais que ocupam o espaço-abrigo da Associação dos Felinos e Caninos Todos Unidos (AFECTU - http://afectu.bedigital.tv/)
Na madrugada de anteontem, bandidos partiram parte do muro do canil, situado em Taboeira, e roubaram tudo o que podiam, Não satisfeitos, agrediram brutalmente alguns animais, deixando um cão às portas da morte, devido a um furo na boca, para além de fracturas nas patas. Um segundo ficou quase esganado após ter sido preso a um pinheiro situado a cerca de 200 metros do espaço-abrigo.
Ana Lucília, presidente da AFECTU, não consegue parar de chorar. O trabalho de vários meses, conseguido graças aos euros dos directores e à boa vontade de alguns amigos e da Câmara de Aveiro, foi destruído em poucas horas. Novamente numa madrugada de segunda-feira, "o único dia da semana em que os camiões do lixo não passam a caminho do aterro", lembra Ana Lucília. Num espaço de meio ano esta foi a segunda vez que a Afectu foi roubada. Em meados de Janeiro, os ladrões levaram material avaliado em 7000 euros, mas não bateram nos cães. Desta vez, para além de levarem tudo o que tinha valor, até lâmpadas, maltrataram os caninos. "Certamente por eles estarem a ladrar, algo que poderia denunciá-los", acredita Ana Lucília, presidente da AFECTU.
Os ladrões levaram 35 sacos de ração, uma bicicleta nova, dezenas de ferramentas, armários e uma cabine, provavelmente desmontada no local, depois dos vidros terem sido partidos. A presidente da Associação dos Felinos e Caninos Todos Unidos desconfia de algumas pessoas, uma informação ontem transmitida aos elementos da GNR de Aveiro que estiveram no espaço-abrigo. A AFECTU foi criada em 1999. O abrigo para os animais tem sido parte do projecto de vida de Ana Lucília e funciona como um segundo canil municipal. A associação vive da quotização dos 500 sócios, apesar de só metade pagarem. É com esse dinheiro que a Direcção paga os 700 euros da factura mensal relativa a alimentação e higiene dos animais e manutenção da casa que ontem foi um pouco abaixo.
Vamos ajudá-los ?
Contacto telefónico - D. Lucília 96 862 52 07 O
NIB: 0019 0011 0020 0045 164 03

terça-feira, julho 04, 2006

Pretinho lindo à espera de um dono 5***** ADOPTADO


Este gatinho com cerca de 3 meses, foi encontrado num quintal abandonado, no meio do mato. Provavelmente foi alguém que ali o abandonou pois ele não tinha nem uma pulga.

Adora pessoas e é super meiguinho. Faz muito ron ron e gosta muito de trepar pernas acima para receber mais miminhos e para brincar.

Come ração, já foi desparasitado e sabe usar o areão.

Venha conhecê-lo e apaixone-se.

Um gato preto dá Sorte ;-)

Se quiser ou puder ter esta maravilhosa companhia deixe aqui uma mensagem que eu entro em contacto